Se não vou na tua onda,
neste teu trejeito,
quando remexe e muxa o beiço.
Não é por não atrair-me,
com tua fala que sibila jubilosa,
aos meus ouvidos.
Não vou por limitar minha loucura,
ou por entender,
que torna-me racionalizada,
com esta tua graça,
de não pensar e em tudo,
sem mais nem menos,
se lançar.
Atrai-me este teu corpo sinuoso,
que levaria-me para caminhos tortuosos,
atrai-me esta coisa de querer,
e me negar.
Se não entro em tua dança,
por simples fato de não saber,
te acompanhar,
teu ritmo é mais forte,
teu som é inconstante,
e com isso,
não sei lhe dar.
Se não faço teu jogo,
não o faço por não saber jogar,
apenas entendo,
que você não é brinquedo,
não poderei brincar.
Se não lhe sinto apenas no corpo,
lhe percebo com a alma,
lhe persigo com a mente,
apenas por te amar.
Se o teu fogo não correspondo,
não sou de gelo e poderia me queimar,
a chama que acendes,
consumidora de uma vida,
perdição da razão de fato,
o faz por não saber amar.
Ou de amor entende isso,
como sendo simples aquilo,
me lança o desejo de recuar.
Como posso me entregar,
se em instantes estará lá,
e em momentos estarei sozinha,
e perdida no desejo da entrega,
não te terei para me aceitar.
Então não brinque com coisa séria,
te coloque em teu lugar,
existem tantas para teu desejo aplacar,
Não me venha com este beiço,
não irei te beijar...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
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