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quarta-feira, 5 de março de 2014

O Pensar No Amor...

O amor é algo multicolorido e multifacetado,
ele tem inúmeras formas e por vezes se deforma.
Para o amor nada é simples, tudo é composto
bem-me-quer ou mal-me-quer,
sempre românticos usamos mesóclise,
para acabar com a pobre margarida,
que chora e padece em nossas mãos,
as pétalas se vão e o perfume persiste.
Não existe aquela coisa perfeita no amor
pois o amor não entende o sentido de perfeição,
já que perfeição é uma noção individual,
que depende do que acredita-se perfeito.
O amor aceita tudo sim,
quando este sim é partilhado,
pois o amor parece que é cego,
nunca estúpido ou ignorante.
Estupidez é coisa do cupido,
que ignora seu alvo e lança
flechas aleatórias.
E de forma aleatória
dança-se uma quadrilha,
onde o fulano ama sicrana, que ama o beltrano
que por sua vez do amor é ressentido
e que não ama ninguém.
O amor tem limites,
aqueles que nós determinamos,
afinal o amor é algo nosso,
e pode ser moldado para caber,
em nossos corpos, mentes e almas,
e o amor por mais que seja sofrível,
ainda é uma vestimenta agradável,
para os olhos e os sentidos.
Quando o amor transborda, ele afoga e sufoca,
nosso bem mais precioso, o ser que amamos.
Falar de amor é algo fácil,
em palavras construímos um sonho,
de belezas e sentimentos gloriosos,
que as vezes fica só no imaginário.
Difícil é ser amado,
encontrar uma conexão segura
entre o amor sentido pelo outro e o nosso próprio,
aquele que também chamamos de orgulho.
O amor é feito de entrega e aceitação,
entregamos nossos defeitos e nossas qualidades,
e a pessoa que amamos aceita,
e nos devolve a gentileza.
Podemos amar várias vezes em uma única vida,
entretanto não se sabe se o amor é eterno,
sabe-se que ele é etéreo,
que tem o mais alto patamar,
na vida de todos.
O amor não define apenas os sentimentos do corpo,
ele transcende se torna assexuado,
ganhando outros nomes,
amor fraterno, materno, paterno, amor de amigos e por ai vai.
O amor é como um império mundial,
que toma tudo e todos, em algum momento
a rendição de nossa nação se faz inevitável,
então para quê se furtar dos momentos flamejantes,
alucinantes e insanos.
O jeito é aceitar que o amor é uma loucura,
que acaba sendo a cura de todos os males,
de nossas almas.
Patricia Piassa
De:
 Poesias da Pah

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