O engano é algo típico da paixão,
e se faz propositado,
pois a paixão é algo que inflama
por tempo inexato.
O amor não se engana,
ele reconhece os piores defeitos no ser amado,
e ainda mais o ama.
A paixão é vela curta,
que queima com o corpo,
o amor queima com a alma.
O amor não se direciona apenas,
em um único ser amado,
ele se multiplica em várias formas,
e por ser amor ele se faz calculo exato.
O amor pode ser perdido e reencontrado,
as falhas e erros cometidos,
pelo amor são perdoados.
O amor por vezes é solitário,
nunca consegue estar acompanhado,
ou ser bem atendido,
coisa do não correspondido.
O amor por vezes se redireciona,
encontra em outros mundos e rumos,
a eterna porção do tempo,
que lhe faz inegável.
O amor é algo que não se esquece,
ele sempre permanece,
apenas precisa mudar sua forma,
para não inibir o novo amor,
que timidamente brota.
O amor é feito de velhos,
rostos nunca esquecidos,
e novos gostos para o desconhecido.
O amor em sua complexidade,
é o sentimento mais simples de ser vivido.
O amor se instala em qualquer canto,
de um pedaço de solo,
ele faz céu, de boca de sexo e encantos.
O amor é tudo mesclado,
sólido como rocha,
e imperfeito em seus trejeitos
desajeitado em seus acertos.
O amor as vezes apenas colore a face,
e a face sorri o amor,
que colore o mundo...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
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