Existe uma nuance
de tristeza e amargura
que em sua iris se denuncia.
E num rompante
as asas de uma fênix
as escondem.
Em premissas permissivas
que o pecado considera
lascívia.
E para a fênix entrega
sua fêmea.
Permite que em suas asas
ela queime.
O corpo um dia frio ressentido
dentro de outro corpo
que inflama e clama.
Por uma pele alva e macia
que esconde um rubro
botão que o toque
lhe rubra as faces.
Que o tempo não
desfaça esta sanha
que as manhas
do ressentimento.
Não a façam
esquecer o tanto
em que palavras
do erótico e exótico
para sua fênix
cantava.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
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