Olhava uma sombra
imaginando se era minha.
Ela crescia e mesclava-se
em cores vazias.
Seus sons eram
banalmente ensurdecidos
por futilidades descabidas.
Sua imagem vendada
e vedada á ignorância
de certos dias.
Por uma ideia de
alienada passiva.
Enquanto os preços
subiam ela rugia.
Enquanto os roubos
eram de brancos colarinhos
ela escurecia.
Enquanto a saúde
padecia.
Ela estremecia.
Quando a educação
tornou-se deseducada.
Ela gritava.
E quando os gritos contentes
dos gols da massa indulgente
que gentilmente pagavam
pelo espetáculo que
não assistiriam.
Lhes chegaram aos
ouvidos.
Ela sombra revoltosa
se enfurecia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Não gosto muito das coisas que envolvem política...
ResponderExcluirEntretanto não gostar, não é o mesmo que se alienar...
A dura realidade de hoje, continua a mesma de antes...
Enquanto o poder de governar estiver nas mãos de vendidos...
Nós seremos os peões deste xadrez...
Em que só os peixes grandes sobrevivem...
E nós peixes pequenos ou seremos refeição...
Ou nos afogaremos na alienação e ignorância...