Caso a velhice me chegue...
Espero que ela seja educada...
E estrague apenas o meu corpo...
Que mantenha minha alma intacta...
Pois minha alma é trejeitada...
De uma menina...
Muito moleca...
Que gosta das brincadeiras de meninos...
E com os meninos se diverte...
Que a velhice não invada arrogante
Minha mente, mundo meu...
Que ela seja gentil e delicada...
que ela pise em meu mundo...
Sabendo que ele é constituído...
Da existência do intangível...
Que ela respeite minhas limitações...
Que compreenda que os saberes...
Das coisas sérias e práticas...
Estão lá...
Apenas quase não são utilizados...
Que ela venha suave e gentil...
E não jogue minha fêmea...
Na decadência...
Com falsidades morais...
Preconceitos desentendidos...
E os temores dos despudores...
Que a velhice chegue...
Sabendo-se...
Efeito cronológico...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
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