COISAS DA PAH
Palavras sentimentos Desenham as verdades Tudo que vale Ser vivido.
Postagens populares
domingo, 23 de março de 2014
Somatizando...
A palavra é o dom do tudo,
na palavra me vejo em todo,
perfeito e imperfeito do que sou feita,
feitura da alma, da mente e do corpo.
E na palavra transbordo o ato,
as vezes na fala, as vezes no corpo,
e sempre desato o fato de ser muito,
ou ser pouco.
A palavra coisa divina,
do crente sem crença,
do amor odioso, o som leve e estrondoso,
do pulsar delicado, que bate acelerado,
do órgão imortalizado que sente a morte,
como derrame sem sorte.
A palavra tão pura e imunda,
que paira nos olhos miséria do mundo,
riqueza do tolo, tolerância do sábio,
instinto do consagro, denuncia da vida,
renuncia do leigo, anuncio de conhecimento.
A palavra que sopra,
o sopro de horas de ventos potentes,
impotente declamas, refugias declínios,
sibilo da manha.
A palavra bem mais precioso,
legado imenso, sentido do tempo,
contada na história.
A palavra é só o que tenho,
soma da inexata medida,
do senso, que sei sem palavra,
não ser nada.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Poetizando... Coisas da vida...
Te escrevo em versos,
te sinto em prosas.
que proseiam nos beijos e abraços,
de bocas e braços que não conheço.
Te escrevo em versos,
te sinto em todo contexto,
em ti me enxergo do avesso,
as vezes te sinto como sendo
direito inegável da palavra,
não dita, do som não sentido,
do desejo não visto.
Te escrevo em versos,
palavras do sinto,
que posso e não quero,
palavras do que quero,
e não posso, brincadeira,
do vai e não vou.
Te escrevo em versos,
aquilo que sinto,
que sou e não estou,
coisas de estar para ser,
e ser sem estar,
e nisto me dou.
Te escrevo em versos,
pois a fala não sai,
se acaso saísse,
viria confusa,
entre o que sinto e o que penso,
por isso te escrevo.
Te escrevo em versos,
pois para ti versaria,
toda uma vida,
durante uma vida toda,
que toda uma vida contaria.
E assim tu tens este nexo,
que entende meu desconexo,
conecta-me com o mundo,
retirando a dor de tudo,
por isso te escrevo,
o que sei é o que sinto,
minhas cartas da alma,
De nome poesia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
te sinto em prosas.
que proseiam nos beijos e abraços,
de bocas e braços que não conheço.
Te escrevo em versos,
te sinto em todo contexto,
em ti me enxergo do avesso,
as vezes te sinto como sendo
direito inegável da palavra,
não dita, do som não sentido,
do desejo não visto.
Te escrevo em versos,
palavras do sinto,
que posso e não quero,
palavras do que quero,
e não posso, brincadeira,
do vai e não vou.
Te escrevo em versos,
aquilo que sinto,
que sou e não estou,
coisas de estar para ser,
e ser sem estar,
e nisto me dou.
Te escrevo em versos,
pois a fala não sai,
se acaso saísse,
viria confusa,
entre o que sinto e o que penso,
por isso te escrevo.
Te escrevo em versos,
pois para ti versaria,
toda uma vida,
durante uma vida toda,
que toda uma vida contaria.
E assim tu tens este nexo,
que entende meu desconexo,
conecta-me com o mundo,
retirando a dor de tudo,
por isso te escrevo,
o que sei é o que sinto,
minhas cartas da alma,
De nome poesia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Coloração...
O engano é algo típico da paixão,
e se faz propositado,
pois a paixão é algo que inflama
por tempo inexato.
O amor não se engana,
ele reconhece os piores defeitos no ser amado,
e ainda mais o ama.
A paixão é vela curta,
que queima com o corpo,
o amor queima com a alma.
O amor não se direciona apenas,
em um único ser amado,
ele se multiplica em várias formas,
e por ser amor ele se faz calculo exato.
O amor pode ser perdido e reencontrado,
as falhas e erros cometidos,
pelo amor são perdoados.
O amor por vezes é solitário,
nunca consegue estar acompanhado,
ou ser bem atendido,
coisa do não correspondido.
O amor por vezes se redireciona,
encontra em outros mundos e rumos,
a eterna porção do tempo,
que lhe faz inegável.
O amor é algo que não se esquece,
ele sempre permanece,
apenas precisa mudar sua forma,
para não inibir o novo amor,
que timidamente brota.
O amor é feito de velhos,
rostos nunca esquecidos,
e novos gostos para o desconhecido.
O amor em sua complexidade,
é o sentimento mais simples de ser vivido.
O amor se instala em qualquer canto,
de um pedaço de solo,
ele faz céu, de boca de sexo e encantos.
O amor é tudo mesclado,
sólido como rocha,
e imperfeito em seus trejeitos
desajeitado em seus acertos.
O amor as vezes apenas colore a face,
e a face sorri o amor,
que colore o mundo...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
e se faz propositado,
pois a paixão é algo que inflama
por tempo inexato.
O amor não se engana,
ele reconhece os piores defeitos no ser amado,
e ainda mais o ama.
A paixão é vela curta,
que queima com o corpo,
o amor queima com a alma.
O amor não se direciona apenas,
em um único ser amado,
ele se multiplica em várias formas,
e por ser amor ele se faz calculo exato.
O amor pode ser perdido e reencontrado,
as falhas e erros cometidos,
pelo amor são perdoados.
O amor por vezes é solitário,
nunca consegue estar acompanhado,
ou ser bem atendido,
coisa do não correspondido.
O amor por vezes se redireciona,
encontra em outros mundos e rumos,
a eterna porção do tempo,
que lhe faz inegável.
O amor é algo que não se esquece,
ele sempre permanece,
apenas precisa mudar sua forma,
para não inibir o novo amor,
que timidamente brota.
O amor é feito de velhos,
rostos nunca esquecidos,
e novos gostos para o desconhecido.
O amor em sua complexidade,
é o sentimento mais simples de ser vivido.
O amor se instala em qualquer canto,
de um pedaço de solo,
ele faz céu, de boca de sexo e encantos.
O amor é tudo mesclado,
sólido como rocha,
e imperfeito em seus trejeitos
desajeitado em seus acertos.
O amor as vezes apenas colore a face,
e a face sorri o amor,
que colore o mundo...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Prisão do tempo, muralha do vento...
Eram tantos corpos sobre uma única cama,
e lá entre músculos, seios e quadris eu me sufocava,
e aquilo que poderia dar em tudo,
acabou comigo dando nada.
Você contava-me das mulheres do passado,
um tanto longínquo ou da semana passada,
meu pensamento vagava em contornos,
de bocas, seios e rostos emoldurados,
por molduras de tamanhos e cores variadas.
Escutava quase todas as suas palavras,
sentia de forma latente tua prisão,
aprisionei-me em tua jaula.
Tuas coisas do passado, tão passageiras,
para mim traziam meu passado de volta.
Enquanto você falava eu escutava de longe,
com o ouvido colado em tua boca,
e os olhos em meu passado,
meu passado veio em um corpo,
esplendoroso e poderoso,
e tua voz em mim divagava,
não entendia as tuas palavras,
tua prisão também me incomodava,
fugi para uma boca,
que tomava-me o ar,
e em seguida de volta para mim soprava.
Não sei em quantos estávamos naquela cama,
sei que sentia a falta dolorosa,
de um aperto no corpo, daquela pegada.
Sentia falta do riso solto,
do louco incompreendido,
que eu entendia no menor gemido.
E assim ficamos impotentes,
incapacitados de olharmos nos olhos,
pois dentro deles de um para o outro,
não havia mais nada...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
e lá entre músculos, seios e quadris eu me sufocava,
e aquilo que poderia dar em tudo,
acabou comigo dando nada.
Você contava-me das mulheres do passado,
um tanto longínquo ou da semana passada,
meu pensamento vagava em contornos,
de bocas, seios e rostos emoldurados,
por molduras de tamanhos e cores variadas.
Escutava quase todas as suas palavras,
sentia de forma latente tua prisão,
aprisionei-me em tua jaula.
Tuas coisas do passado, tão passageiras,
para mim traziam meu passado de volta.
Enquanto você falava eu escutava de longe,
com o ouvido colado em tua boca,
e os olhos em meu passado,
meu passado veio em um corpo,
esplendoroso e poderoso,
e tua voz em mim divagava,
não entendia as tuas palavras,
tua prisão também me incomodava,
fugi para uma boca,
que tomava-me o ar,
e em seguida de volta para mim soprava.
Não sei em quantos estávamos naquela cama,
sei que sentia a falta dolorosa,
de um aperto no corpo, daquela pegada.
Sentia falta do riso solto,
do louco incompreendido,
que eu entendia no menor gemido.
E assim ficamos impotentes,
incapacitados de olharmos nos olhos,
pois dentro deles de um para o outro,
não havia mais nada...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Falhas de julgamento...
Vista-se de armas e vá para rua,
matar os bandidos pobres,
afinal você não poderá colocar as mão
nos bandidos ricos.
Eleja alguém para jogar a culpa,
coloque teu voto na urna
e finja que a culpa não é tua.
Saia de tua casa e cometa,
pequenos furtos, engane a previdência,
finja não conseguir manter sua sobrevivência,
receba á mais em teu troco e não devolva,
roube em pequenas porções dentro,
das escolas, hospitais e em todos os setores públicos,
não pague teus imposto, sonegue,
pois roubar de quem rouba não é roubo,
ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão,
afinal você é roubado todos os dias,
apenas não esqueça,
bandido bom é bandido morto,
e todo aquele que rouba, por menor que seja o furto,
é ladrão, e sinônimo para ladrão é bandido.
Faço um trato consigo mesmo,
esqueça todos os teus erros,
e sempre poderá julgar os erros alheios.
Não eduque, apenas ensine de forma falha,
que o mundo é dos que tem mais,
poder aquisitivo, poder sobre as pessoas,
poder sobre estar vivo,
feche os olhos e não enxergue
totalmente o teu filho,
afinal ele é parte tua,
e é tão perfeito quanto,
o papai e a mamãe, não pode ter defeitos,
um dia irá chorar em seu leito.
Faça de conta que tudo o que acontece,
neste mundo disturbado,
de verdades ou mentiras, nada tem á ver com você,
afinal você não mata e não é politico,
cumpra seus deveres civis de qualquer jeito,
final qualquer coisa está boa para este mundo ao avesso.
Entenda algo precioso,
Você é livre para pensar, agir e se expressar,
pois as leis lhe garantem isso,
as leis também garantem direito á julgamento justo,
tratamento humanitário para os infratores das leis.
Esta coisa de extermínio é coisa de infrator de lei,
e quem infringe lei é bandido, voltemos á frase.
Bandido bom é bandido morto...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
matar os bandidos pobres,
afinal você não poderá colocar as mão
nos bandidos ricos.
Eleja alguém para jogar a culpa,
coloque teu voto na urna
e finja que a culpa não é tua.
Saia de tua casa e cometa,
pequenos furtos, engane a previdência,
finja não conseguir manter sua sobrevivência,
receba á mais em teu troco e não devolva,
roube em pequenas porções dentro,
das escolas, hospitais e em todos os setores públicos,
não pague teus imposto, sonegue,
pois roubar de quem rouba não é roubo,
ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão,
afinal você é roubado todos os dias,
apenas não esqueça,
bandido bom é bandido morto,
e todo aquele que rouba, por menor que seja o furto,
é ladrão, e sinônimo para ladrão é bandido.
Faço um trato consigo mesmo,
esqueça todos os teus erros,
e sempre poderá julgar os erros alheios.
Não eduque, apenas ensine de forma falha,
que o mundo é dos que tem mais,
poder aquisitivo, poder sobre as pessoas,
poder sobre estar vivo,
feche os olhos e não enxergue
totalmente o teu filho,
afinal ele é parte tua,
e é tão perfeito quanto,
o papai e a mamãe, não pode ter defeitos,
um dia irá chorar em seu leito.
Faça de conta que tudo o que acontece,
neste mundo disturbado,
de verdades ou mentiras, nada tem á ver com você,
afinal você não mata e não é politico,
cumpra seus deveres civis de qualquer jeito,
final qualquer coisa está boa para este mundo ao avesso.
Entenda algo precioso,
Você é livre para pensar, agir e se expressar,
pois as leis lhe garantem isso,
as leis também garantem direito á julgamento justo,
tratamento humanitário para os infratores das leis.
Esta coisa de extermínio é coisa de infrator de lei,
e quem infringe lei é bandido, voltemos á frase.
Bandido bom é bandido morto...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Platônico...
Pobre d'minha alma que em constrição,
com este corpo descabido,
deseja amores que habitem apenas nos olhos,
o corpo séquito de afagos,
sempre se aventura,
deixando-a em eterna tortura.
Ela lamenta e ressente,
que o amor se confunda com sexo,
e que no sexo não se encontre o amor.
Ela almeja a frígida doçura,
de um beijo não posto nos lábios,
do tremor das carnes intocadas,
aquela terna lascívia solitária.
O corpo em outros corpos descamba,
procura nas variações prazerosas,
que torna a alma tão pesarosa,
os gozos algozes da alma.
E pobre d'minha alma,
sempre indefesa,
sonhando com a grandeza,
de um amor indelével,
incutido da leveza atenta,
de um caminhante na rua,
que lhe toque com força,
sem toque e sem boca
que alma para alma,sussurre
me tome, sou tua.
A alma lamentável e vingativa,
atrai-se por corpos,
que o corpo desejará,
e jamais tocará.
Ela joga no corpo o sopro,
do amor mentiroso,
o consome em chamas,
o distrai e engana,
ele que de sagaz não tem nada,
na trama da alma,
ele chora de pura manha.
E o corpo um dia desperta,
deste sonho não vivido,
acorda os instintos,
volta sem dor e em carne viva,
se abre e se fecha,
quando bem lhe interessa,
estas são as horas de festa,
e na festança ele se refestela.
Pobre d'minha alma,
sempre desentendida do corpo,
e ainda assim o habita,
vislumbra em pequenas frestas,
aquilo que tanto almeja, o solitário sentir do amor,
vem o corpo e a fecha no vazio e no escuro.
E a mente esta contesta,
se ressente desta divisão insana,
divaga em palavras,
impotente e confusa,
do corpo e da alma,
não lhe cabe mais nada...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Aprendendo...
Acordei pensando no colégio de freiras,
no quanto os caminhos do ensino são interessantes.
Fui ensinada á não falar o que eu queria,
pois a minha fala era a inconveniência do meu pensar,
e o meu pensar não era interessante para ninguém além de mim.
E quase sempre eu desobedecia.
Na desobediência me ensinaram á ficar quieta,
joelhos no chão, longos tempos observando,
a imagem de uma santa que não se mexia.
Aprendi á ser boa moça, lavar, passar e limpar,
apenas não me ensinaram á cozinhar,
o que uma criança de sete anos aprende,
tendo que se ocupar das funções de uma mulher,
aprende á se revoltar.
E novamente, desobediência.
A lição as vezes era que a carne,
poderia ser nova e macia,
e muito resistente,
pancadas não a consumiria.
Aprendi á não ter nojo de comida,
comer todo o lixo que me ofereciam,
pois o desperdício pecado maior,
maior punição teria.
Aprendi á não ter vergonha do meu corpo,
pois entre quase duzentas meninas e freiras,
privacidade não existia,
os corpos no banho expostos,
e as mentes estas se confundiam.
Aprendi que o gosto do sangue é bom,
se ele não for o teu,
que o ataque é a melhor defesa,
que violência as vezes é liberdade,
que solidão é uma condição,
de quem está sempre acompanhado,
que o ódio é algo incontrolável.
Aprendi que Deus é um bastardo infiel,
que nos coloca neste mundo conturbado,
apenas por estar entendiado.
E esses são os caminhos de ensinar,
errados.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
no quanto os caminhos do ensino são interessantes.
Fui ensinada á não falar o que eu queria,
pois a minha fala era a inconveniência do meu pensar,
e o meu pensar não era interessante para ninguém além de mim.
E quase sempre eu desobedecia.
Na desobediência me ensinaram á ficar quieta,
joelhos no chão, longos tempos observando,
a imagem de uma santa que não se mexia.
Aprendi á ser boa moça, lavar, passar e limpar,
apenas não me ensinaram á cozinhar,
o que uma criança de sete anos aprende,
tendo que se ocupar das funções de uma mulher,
aprende á se revoltar.
E novamente, desobediência.
A lição as vezes era que a carne,
poderia ser nova e macia,
e muito resistente,
pancadas não a consumiria.
Aprendi á não ter nojo de comida,
comer todo o lixo que me ofereciam,
pois o desperdício pecado maior,
maior punição teria.
Aprendi á não ter vergonha do meu corpo,
pois entre quase duzentas meninas e freiras,
privacidade não existia,
os corpos no banho expostos,
e as mentes estas se confundiam.
Aprendi que o gosto do sangue é bom,
se ele não for o teu,
que o ataque é a melhor defesa,
que violência as vezes é liberdade,
que solidão é uma condição,
de quem está sempre acompanhado,
que o ódio é algo incontrolável.
Aprendi que Deus é um bastardo infiel,
que nos coloca neste mundo conturbado,
apenas por estar entendiado.
E esses são os caminhos de ensinar,
errados.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Negação...
Se não vou na tua onda,
neste teu trejeito,
quando remexe e muxa o beiço.
Não é por não atrair-me,
com tua fala que sibila jubilosa,
aos meus ouvidos.
Não vou por limitar minha loucura,
ou por entender,
que torna-me racionalizada,
com esta tua graça,
de não pensar e em tudo,
sem mais nem menos,
se lançar.
Atrai-me este teu corpo sinuoso,
que levaria-me para caminhos tortuosos,
atrai-me esta coisa de querer,
e me negar.
Se não entro em tua dança,
por simples fato de não saber,
te acompanhar,
teu ritmo é mais forte,
teu som é inconstante,
e com isso,
não sei lhe dar.
Se não faço teu jogo,
não o faço por não saber jogar,
apenas entendo,
que você não é brinquedo,
não poderei brincar.
Se não lhe sinto apenas no corpo,
lhe percebo com a alma,
lhe persigo com a mente,
apenas por te amar.
Se o teu fogo não correspondo,
não sou de gelo e poderia me queimar,
a chama que acendes,
consumidora de uma vida,
perdição da razão de fato,
o faz por não saber amar.
Ou de amor entende isso,
como sendo simples aquilo,
me lança o desejo de recuar.
Como posso me entregar,
se em instantes estará lá,
e em momentos estarei sozinha,
e perdida no desejo da entrega,
não te terei para me aceitar.
Então não brinque com coisa séria,
te coloque em teu lugar,
existem tantas para teu desejo aplacar,
Não me venha com este beiço,
não irei te beijar...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
neste teu trejeito,
quando remexe e muxa o beiço.
Não é por não atrair-me,
com tua fala que sibila jubilosa,
aos meus ouvidos.
Não vou por limitar minha loucura,
ou por entender,
que torna-me racionalizada,
com esta tua graça,
de não pensar e em tudo,
sem mais nem menos,
se lançar.
Atrai-me este teu corpo sinuoso,
que levaria-me para caminhos tortuosos,
atrai-me esta coisa de querer,
e me negar.
Se não entro em tua dança,
por simples fato de não saber,
te acompanhar,
teu ritmo é mais forte,
teu som é inconstante,
e com isso,
não sei lhe dar.
Se não faço teu jogo,
não o faço por não saber jogar,
apenas entendo,
que você não é brinquedo,
não poderei brincar.
Se não lhe sinto apenas no corpo,
lhe percebo com a alma,
lhe persigo com a mente,
apenas por te amar.
Se o teu fogo não correspondo,
não sou de gelo e poderia me queimar,
a chama que acendes,
consumidora de uma vida,
perdição da razão de fato,
o faz por não saber amar.
Ou de amor entende isso,
como sendo simples aquilo,
me lança o desejo de recuar.
Como posso me entregar,
se em instantes estará lá,
e em momentos estarei sozinha,
e perdida no desejo da entrega,
não te terei para me aceitar.
Então não brinque com coisa séria,
te coloque em teu lugar,
existem tantas para teu desejo aplacar,
Não me venha com este beiço,
não irei te beijar...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
quinta-feira, 6 de março de 2014
Falso Moralismo
Tá o Povo vai pra rua Briga por ter um Copa do mundo. Agora
eu pergunto; Você acha que estaria melhor se não tivesse copa do Mundo ? Você
acha que esse dinheiro estaria sendo investido na saúde educação...
Vamos ser inteligentes, estaria tudo do mesmo jeito na mesma
merda . Só que o povo vai no embalo das mídias e a oposição que organiza tudo isso na época de eleição...
A dificuldade financeira não é um privilégio nosso! Não
acredite em tudo que vê na TV, a verdade é que muitos países estão passando por
isso. Mais o povo Brasileiro é ignorante que resolve tudo na porrada e lógico
saqueando , quebrando o bem alheio...
Temos sim que lutar por impostos justos, por uma reforma prisional,
código penal brasileiro. Onde Preso tem que trabalhar ao invés de ganhar
R$900,00 de bolsa detenção. Se vai pagar pelos seus atos não tem nada que
ganhar nada. Já ganha comida e teto lá; Além lógico de sair Especializado em
mais alguma modalidade de crime e conhecendo mais vagabundos...
Temos que lutar para diminuir número de Políticos e para que
tenham normas, o político que não cumprir seu dever deve sair do cargo direto pra
cadeia, sem direito á nada .Devemos buscar informações sobre a realidade, não
adianta ficar vendo jornal Nacional que
só vai falar o que convém...
No Brasil quase tudo está vendido as Estatais , as estradas a Política e até a Porra do Futebol alegria
nacional!
Não sou a favor da Copa. Mais essa briga devia ser antes! Se
tem dinheiro para Copa então tem dinheiro para Hospitais, Escolas, Habitação. Mais
o Povo tem que fazer sua parte também, chega de reclamar do governo, procurar
crescer como Pessoa estudando, se qualificando com o próprio esforço, cuidando
da saúde, e não acabando com a vida e depois brigando no hospital. Cara enche o
rabo de cana, diz que não tem dinheiro pra comprar leite para os filhos, mais
pra comprar cerveja tem? Então chega segunda ele está de ressaca não vai
trabalhar. Atrasa o lado de um monte de gente que quer trabalhar. E depois vai
no posto de saúde pegar declaração ocupar alguém que poderia estar atendendo alguém
que realmente precisa. Fora os palhaços que se drogam e saem por ai descontando
as frustrações da vida nas pessoas
destruindo o bem do próximo...
Este é o lugar em que criamos nossos filhos, nesta realidade
política e civil, que de civilizada não tem nada...
Tigre White
Transversal...
Meu humor nefasto
quer jogar um jogo
de nome canseira.
Meu tom matreiro
denúncia da brincadeira.
Tua palavra deve ser
insisto.
E tu o que fazes
entrega-te ao declínio
e nisso persiste.
Eu me encolho
no berço da frustração
cubro-me inteira
com o aborrecimento
de ti desisto.
Homens não sentem o
avesso...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
quer jogar um jogo
de nome canseira.
Meu tom matreiro
denúncia da brincadeira.
Tua palavra deve ser
insisto.
E tu o que fazes
entrega-te ao declínio
e nisso persiste.
Eu me encolho
no berço da frustração
cubro-me inteira
com o aborrecimento
de ti desisto.
Homens não sentem o
avesso...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Velhice...
Existe algo de rançoso e podre
nesta água pura límpida.
Existe uma doença contagiante
que com seu respirar frio e vazio
me contagia.
Seu nome científico
é calmaria.
Ela me corrói os ossos
e a alma.
Me destrói o corpo
e a mente.
Nela não vejo a morte
como um presente.
Pois ela me cega os olhos
da carne e do imaginável.
Ela não se movimenta
e nisso me prende.
Existe uma cura para ela
algo que abrange sons e cores
novos rumores.
Novidade encontrada
no jovem.
Jovialidade.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
nesta água pura límpida.
Existe uma doença contagiante
que com seu respirar frio e vazio
me contagia.
Seu nome científico
é calmaria.
Ela me corrói os ossos
e a alma.
Me destrói o corpo
e a mente.
Nela não vejo a morte
como um presente.
Pois ela me cega os olhos
da carne e do imaginável.
Ela não se movimenta
e nisso me prende.
Existe uma cura para ela
algo que abrange sons e cores
novos rumores.
Novidade encontrada
no jovem.
Jovialidade.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Discrepante...
Nada mais justo
que a justa medida
do teu sexo
desajustado em minha virilha.
Nada mais coeso
que a coerência
dos teus gemidos
incoerentemente soprados
em meus ouvidos.
Nada mais constante
que suas inconstantes arremetidas
idas e vindas.
Nada mais livre
que meu libertino gozo
aprisionado
nesta poesia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
que a justa medida
do teu sexo
desajustado em minha virilha.
Nada mais coeso
que a coerência
dos teus gemidos
incoerentemente soprados
em meus ouvidos.
Nada mais constante
que suas inconstantes arremetidas
idas e vindas.
Nada mais livre
que meu libertino gozo
aprisionado
nesta poesia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Analítica...
Olhava uma sombra
imaginando se era minha.
Ela crescia e mesclava-se
em cores vazias.
Seus sons eram
banalmente ensurdecidos
por futilidades descabidas.
Sua imagem vendada
e vedada á ignorância
de certos dias.
Por uma ideia de
alienada passiva.
Enquanto os preços
subiam ela rugia.
Enquanto os roubos
eram de brancos colarinhos
ela escurecia.
Enquanto a saúde
padecia.
Ela estremecia.
Quando a educação
tornou-se deseducada.
Ela gritava.
E quando os gritos contentes
dos gols da massa indulgente
que gentilmente pagavam
pelo espetáculo que
não assistiriam.
Lhes chegaram aos
ouvidos.
Ela sombra revoltosa
se enfurecia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
imaginando se era minha.
Ela crescia e mesclava-se
em cores vazias.
Seus sons eram
banalmente ensurdecidos
por futilidades descabidas.
Sua imagem vendada
e vedada á ignorância
de certos dias.
Por uma ideia de
alienada passiva.
Enquanto os preços
subiam ela rugia.
Enquanto os roubos
eram de brancos colarinhos
ela escurecia.
Enquanto a saúde
padecia.
Ela estremecia.
Quando a educação
tornou-se deseducada.
Ela gritava.
E quando os gritos contentes
dos gols da massa indulgente
que gentilmente pagavam
pelo espetáculo que
não assistiriam.
Lhes chegaram aos
ouvidos.
Ela sombra revoltosa
se enfurecia.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
quarta-feira, 5 de março de 2014
O Pensar No Amor...
O amor é algo multicolorido e multifacetado,
ele tem inúmeras formas e por vezes se deforma.
Para o amor nada é simples, tudo é composto
bem-me-quer ou mal-me-quer,
sempre românticos usamos mesóclise,
para acabar com a pobre margarida,
que chora e padece em nossas mãos,
as pétalas se vão e o perfume persiste.
Não existe aquela coisa perfeita no amor
pois o amor não entende o sentido de perfeição,
já que perfeição é uma noção individual,
que depende do que acredita-se perfeito.
O amor aceita tudo sim,
quando este sim é partilhado,
pois o amor parece que é cego,
nunca estúpido ou ignorante.
Estupidez é coisa do cupido,
que ignora seu alvo e lança
flechas aleatórias.
E de forma aleatória
dança-se uma quadrilha,
onde o fulano ama sicrana, que ama o beltrano
que por sua vez do amor é ressentido
e que não ama ninguém.
O amor tem limites,
aqueles que nós determinamos,
afinal o amor é algo nosso,
e pode ser moldado para caber,
em nossos corpos, mentes e almas,
e o amor por mais que seja sofrível,
ainda é uma vestimenta agradável,
para os olhos e os sentidos.
Quando o amor transborda, ele afoga e sufoca,
nosso bem mais precioso, o ser que amamos.
Falar de amor é algo fácil,
em palavras construímos um sonho,
de belezas e sentimentos gloriosos,
que as vezes fica só no imaginário.
Difícil é ser amado,
encontrar uma conexão segura
entre o amor sentido pelo outro e o nosso próprio,
aquele que também chamamos de orgulho.
O amor é feito de entrega e aceitação,
entregamos nossos defeitos e nossas qualidades,
e a pessoa que amamos aceita,
e nos devolve a gentileza.
Podemos amar várias vezes em uma única vida,
entretanto não se sabe se o amor é eterno,
sabe-se que ele é etéreo,
que tem o mais alto patamar,
na vida de todos.
O amor não define apenas os sentimentos do corpo,
ele transcende se torna assexuado,
ganhando outros nomes,
amor fraterno, materno, paterno, amor de amigos e por ai vai.
O amor é como um império mundial,
que toma tudo e todos, em algum momento
a rendição de nossa nação se faz inevitável,
então para quê se furtar dos momentos flamejantes,
alucinantes e insanos.
O jeito é aceitar que o amor é uma loucura,
que acaba sendo a cura de todos os males,
de nossas almas.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
ele tem inúmeras formas e por vezes se deforma.
Para o amor nada é simples, tudo é composto
bem-me-quer ou mal-me-quer,
sempre românticos usamos mesóclise,
para acabar com a pobre margarida,
que chora e padece em nossas mãos,
as pétalas se vão e o perfume persiste.
Não existe aquela coisa perfeita no amor
pois o amor não entende o sentido de perfeição,
já que perfeição é uma noção individual,
que depende do que acredita-se perfeito.
O amor aceita tudo sim,
quando este sim é partilhado,
pois o amor parece que é cego,
nunca estúpido ou ignorante.
Estupidez é coisa do cupido,
que ignora seu alvo e lança
flechas aleatórias.
E de forma aleatória
dança-se uma quadrilha,
onde o fulano ama sicrana, que ama o beltrano
que por sua vez do amor é ressentido
e que não ama ninguém.
O amor tem limites,
aqueles que nós determinamos,
afinal o amor é algo nosso,
e pode ser moldado para caber,
em nossos corpos, mentes e almas,
e o amor por mais que seja sofrível,
ainda é uma vestimenta agradável,
para os olhos e os sentidos.
Quando o amor transborda, ele afoga e sufoca,
nosso bem mais precioso, o ser que amamos.
Falar de amor é algo fácil,
em palavras construímos um sonho,
de belezas e sentimentos gloriosos,
que as vezes fica só no imaginário.
Difícil é ser amado,
encontrar uma conexão segura
entre o amor sentido pelo outro e o nosso próprio,
aquele que também chamamos de orgulho.
O amor é feito de entrega e aceitação,
entregamos nossos defeitos e nossas qualidades,
e a pessoa que amamos aceita,
e nos devolve a gentileza.
Podemos amar várias vezes em uma única vida,
entretanto não se sabe se o amor é eterno,
sabe-se que ele é etéreo,
que tem o mais alto patamar,
na vida de todos.
O amor não define apenas os sentimentos do corpo,
ele transcende se torna assexuado,
ganhando outros nomes,
amor fraterno, materno, paterno, amor de amigos e por ai vai.
O amor é como um império mundial,
que toma tudo e todos, em algum momento
a rendição de nossa nação se faz inevitável,
então para quê se furtar dos momentos flamejantes,
alucinantes e insanos.
O jeito é aceitar que o amor é uma loucura,
que acaba sendo a cura de todos os males,
de nossas almas.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
FILHA DA LÍNGUA - Renata Braz
engravido
da porra da tua palavra
que rudemente ejaculada
fecunda meu óvulo prematuro
e me faz um ovo bem maduro
águas passadas
num parto dolorido
uma arte é parida...
dou à luz poesia
batizo-a de
filha da língua
aquela nascida da ferida
imagem: Daniele Buetti
edição: Renata Braz
CURTA O TATAMI:
http://www.facebook.com/
Autodestruição
Estou em um lugar calmo e solitário,
Acendo um cigarro para pensar na vida
Na primeira tragada penso em mil coisas,
Na segunda já estou pensando em você.
Sei que estou me matando por dentro
Ou até mesmo causando uma autodestruição,
Não quero chamar atenção
Pois quem liga para o que eu sinto,
Sou apenas um papel amassado
Com escritas de um poeta.
Vejo as cinzas caírem ao chão
Como as lagrimas derramadas por ti,
Desaparecendo sem deixar pistas.
Já não quero mais pensar em você
Por isso, acendo outro cigarro.
Fico pensado nas coisas que tenho que fazer
E nas coisas em que eu me amarro,
E sem querer meu cérebro te localiza
Em um canto da memória,
Uma lembrança
Empoeirada pelo tempo,
Mas, seu sorriso é sempre o mesmo,
Estou com saudades, talvez seja carência
Pois não sou tão forte assim!
Eu só não gosto de mostrar as minhas fraquezas,
Sei que para você também estou empoeirado
Só que não em sua mente
Mas sim em um álbum de fotos.
Quando eu menos assusto já se foi um maço,
Já se foi janeiro, já se foi março Já se foi muito tempo,
Um século talvez.
E eu continuo aqui no mesmo lugar
Vendo a fumaça desaparecer no céu,
Sinto os meus lábios esquentarem
E percebo que acabou o ultimo cigarro,
Jogo fora a bituca
junto com a metade da minha vida.
Estou morrendo aos poucos,
Tenho que parar de fumar
Porem, quanto mais o tempo passa.
Eu morro por ti!
Don Juan
terça-feira, 4 de março de 2014
Somos Mulheres
Somos mulheres...
Não somos objetos para sermos amadas
por poucos instantes.
Nem sermos relegadas em altares
de devoções e adorações
dos que não nos saciam a carne.
Não somos estátuas estáticas
de corpos frios e almas vazias.
Somos mulheres...
Somos o algo de tudo
aquele que completa o todo.
Somos a grandiosidade em
sua gerada eternidade.
Somos a vida que respira
nos fetos por nós protegidos.
Somos aquilo que alimenta as almas
dos anjos dos céus
ou dos decaídos.
Somos mulheres...
Somos do querer
sempre cortejadas.
Querer para ter
para o poder
ou para imitar.
O querer dos homens
sempre está lá
no brilho do olhar.
Somos mulheres
Não por termos nascido
dentro de formas femininas.
O somos por nossas escolhas
aquelas mais íntimas.
Somos mulheres...
Capazes de tudo que tocamos
transformar.
Temos a magia de eras
criada no imaginável.
Somos o tudo
do todo
mutável.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Não somos objetos para sermos amadas
por poucos instantes.
Nem sermos relegadas em altares
de devoções e adorações
dos que não nos saciam a carne.
Não somos estátuas estáticas
de corpos frios e almas vazias.
Somos mulheres...
Somos o algo de tudo
aquele que completa o todo.
Somos a grandiosidade em
sua gerada eternidade.
Somos a vida que respira
nos fetos por nós protegidos.
Somos aquilo que alimenta as almas
dos anjos dos céus
ou dos decaídos.
Somos mulheres...
Somos do querer
sempre cortejadas.
Querer para ter
para o poder
ou para imitar.
O querer dos homens
sempre está lá
no brilho do olhar.
Somos mulheres
Não por termos nascido
dentro de formas femininas.
O somos por nossas escolhas
aquelas mais íntimas.
Somos mulheres...
Capazes de tudo que tocamos
transformar.
Temos a magia de eras
criada no imaginável.
Somos o tudo
do todo
mutável.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
domingo, 2 de março de 2014
Querência...
Não me procures...
Se não me aceitas...
Não tente entender-me...
Sou atos imprecisos...
Não venha comigo...
Para lugares que não desejas conhecer...
Não corras para mim...
Corras de mim...
Se não conseguires acompanhar...
Meus pensamentos soltos...
Pegadas no ar...
Não me atices...
Se não queres fogo...
Não venha me fazer queimar...
Não entre no jogo...
Que não será capaz de ganhar...
Não tente derreter-me...
Para conter-me em um jarro de tolo...
Não entregue-me...
Atos fúteis...
Sou mestra da futilidade...
Não queira minha fugacidade...
Ela queima a pele...
Como marca de gado...
Confere minha posse...
Possuir não almejo...
Estimula meu antônimo de desejo...
Se mesmo sabendo...
Quão danosa posso ser...
Ainda quiser vir...
Não lhe prometo o céu...
Pois dele nada sei...
E nada dele terei...
Não lhe prometo horas tranquilas...
Pois sou inquietante...
Ser pensante...
Não lhe prometo noites quentes...
Sou ardência constante...
Instigante...
Lhe prometo...
Estar contigo apenas...
Quando for do meu desejo...
Lhe prometo as verdades...
Aquelas mais doloridas...
Lhe prometo não mudar...
Para lhe agradar...
Não lhe prometo a eternidade...
Lhe prometo...
Lhe soltar...
Quando o que lhe dou...
Não lhe bastar...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Se não me aceitas...
Não tente entender-me...
Sou atos imprecisos...
Não venha comigo...
Para lugares que não desejas conhecer...
Não corras para mim...
Corras de mim...
Se não conseguires acompanhar...
Meus pensamentos soltos...
Pegadas no ar...
Não me atices...
Se não queres fogo...
Não venha me fazer queimar...
Não entre no jogo...
Que não será capaz de ganhar...
Não tente derreter-me...
Para conter-me em um jarro de tolo...
Não entregue-me...
Atos fúteis...
Sou mestra da futilidade...
Não queira minha fugacidade...
Ela queima a pele...
Como marca de gado...
Confere minha posse...
Possuir não almejo...
Estimula meu antônimo de desejo...
Se mesmo sabendo...
Quão danosa posso ser...
Ainda quiser vir...
Não lhe prometo o céu...
Pois dele nada sei...
E nada dele terei...
Não lhe prometo horas tranquilas...
Pois sou inquietante...
Ser pensante...
Não lhe prometo noites quentes...
Sou ardência constante...
Instigante...
Lhe prometo...
Estar contigo apenas...
Quando for do meu desejo...
Lhe prometo as verdades...
Aquelas mais doloridas...
Lhe prometo não mudar...
Para lhe agradar...
Não lhe prometo a eternidade...
Lhe prometo...
Lhe soltar...
Quando o que lhe dou...
Não lhe bastar...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Libertação...
Dentro de um corpo sedento...
Esconde-se um desejo...
Do apagar da claridade...
De outro momento...
De um tempo...
Em que outro corpo...
Lhe era a metade...
Aquela incontida...
De gestos soltos...
Largos passos...
Vou e pouso...
Uma metade inconstante...
Disritmia da euforia...
Contagem imprecisa do tempo...
Noite confundida com dia...
Palavras e versos...
Frescor e fervor...
Asas de anjo...
Gestos demoníacos...
Sentimentalidades de tolo...
Acabam e morrem...
Na tortura de horas...
Dos dias perdidos...
Asas de anjo...
Pensamentos de homem...
Banalidades da vida...
O imortal...
Encontro da morte...
De sentimentos...
Não vividos...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Esconde-se um desejo...
Do apagar da claridade...
De outro momento...
De um tempo...
Em que outro corpo...
Lhe era a metade...
Aquela incontida...
De gestos soltos...
Largos passos...
Vou e pouso...
Uma metade inconstante...
Disritmia da euforia...
Contagem imprecisa do tempo...
Noite confundida com dia...
Palavras e versos...
Frescor e fervor...
Asas de anjo...
Gestos demoníacos...
Sentimentalidades de tolo...
Acabam e morrem...
Na tortura de horas...
Dos dias perdidos...
Asas de anjo...
Pensamentos de homem...
Banalidades da vida...
O imortal...
Encontro da morte...
De sentimentos...
Não vividos...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Centrismo.
Sou alheia á tudo que não me interessa
Desligo-me do mundo
Quando seus sons me ensurdecem
Gosto das coisas do meu jeito
Sou complicada
Meu jeito é sempre o caminho mais longo
Estou sempre preparada para enfrentar
O que saiu errado
Apenas não suporto ser contrariada
Pois o contrário do que desejo
É objeto do meu desprezo
Não satisfaço vontades
Satisfaço-me e ponto
Não brinco com os outros
Sou o objeto de minhas brincadeiras
Sempre levo as pessoas á sério
Acho tudo tão sério
Igualmente enfadonho
Que as deixo no meio do caminho
Para que seriamente possam fazer novas escolhas
Não questiono os atos alheios
Normalmente nada dos outros
Interessa-me
Vivo em um mundo só meu
Onde sou prioridade
Não deixo-me
Por nada e por pessoa nenhuma
Meu nome
Nesse momento
Exatamente neste agora
Ego...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Desligo-me do mundo
Quando seus sons me ensurdecem
Gosto das coisas do meu jeito
Sou complicada
Meu jeito é sempre o caminho mais longo
Estou sempre preparada para enfrentar
O que saiu errado
Apenas não suporto ser contrariada
Pois o contrário do que desejo
É objeto do meu desprezo
Não satisfaço vontades
Satisfaço-me e ponto
Não brinco com os outros
Sou o objeto de minhas brincadeiras
Sempre levo as pessoas á sério
Acho tudo tão sério
Igualmente enfadonho
Que as deixo no meio do caminho
Para que seriamente possam fazer novas escolhas
Não questiono os atos alheios
Normalmente nada dos outros
Interessa-me
Vivo em um mundo só meu
Onde sou prioridade
Não deixo-me
Por nada e por pessoa nenhuma
Meu nome
Nesse momento
Exatamente neste agora
Ego...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Carnal...
Sussurra que a mente flutua...
Mordisca os lábios gentilmente...
Que o corpo se acende...
Desenha com tua língua o trajeto da minha...
E observo e guardo esta imagem...
A imortalizo em palavras e sentidos...
Cores vibrantes que vibram...
No estremecer de seus lábios rubros...
Carnudos...
Carne que assanha...
Desejos da carne...
Que a alma não estranha...
Palavras que rolam de tua boca...
Roucas, loucas e soltas...
Ah infame desejo de ti...
Delícias que almejo...
Delito...
Roubar-te-ei um beijo...
Pois sendo roubado o gosto é deleite...
Se de bom grado me entregas...
De melhor grado tomo posse...
Pois assim agradado...
Desejo e aceite...
Quantas sanhas para beija-lo...
Guardadas em recato...
Ah mais vale os cantos suaves...
De tua boca recanto...
Que o doce tormento...
De apenas imaginar-te...
Ou querer-te de longe...
Bons ventos nos tragam...
Bons sonhos tenhamos...
Momentos insanos...
De beijos inconsequentes...
Beijos ardentes...
Sem rumo e sem tino...
Apenas o mesmo...
Intenso e profundo...
Recanto da minha boca...
O gosto da tua boca...
Alimento da minha alma...
Desejos e anseios...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Mordisca os lábios gentilmente...
Que o corpo se acende...
Desenha com tua língua o trajeto da minha...
E observo e guardo esta imagem...
A imortalizo em palavras e sentidos...
Cores vibrantes que vibram...
No estremecer de seus lábios rubros...
Carnudos...
Carne que assanha...
Desejos da carne...
Que a alma não estranha...
Palavras que rolam de tua boca...
Roucas, loucas e soltas...
Ah infame desejo de ti...
Delícias que almejo...
Delito...
Roubar-te-ei um beijo...
Pois sendo roubado o gosto é deleite...
Se de bom grado me entregas...
De melhor grado tomo posse...
Pois assim agradado...
Desejo e aceite...
Quantas sanhas para beija-lo...
Guardadas em recato...
Ah mais vale os cantos suaves...
De tua boca recanto...
Que o doce tormento...
De apenas imaginar-te...
Ou querer-te de longe...
Bons ventos nos tragam...
Bons sonhos tenhamos...
Momentos insanos...
De beijos inconsequentes...
Beijos ardentes...
Sem rumo e sem tino...
Apenas o mesmo...
Intenso e profundo...
Recanto da minha boca...
O gosto da tua boca...
Alimento da minha alma...
Desejos e anseios...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Tecnologando...
Adoro conversar com pessoas que eu não conheço o rosto...
Não sei dos gostos...
Dos gestos...
Dos passos e dos tropeços...
Adoro esta liberdade de falar sacanagem...
Contar coisas sérias...
Pecados íntimos...
Coisas de instinto...
Adoro imaginar suas caras e bocas...
Sobrancelhas arcando...
Pele enrugando...
Sorrisos alargando...
Adoro esta coisa desmedida e descabida...
Adoro aquele que não tem medo de se chegar á isto...
Pois sou estranha, confusa e nefasta...
Medonha e cínica...
Gosto de perguntar e receber respostas...
Gostos que elas sejam bem pensadas e bem escritas...
Gosto dessa liberdade controlada pela distância...
Gosto do gosto das palavras...
Da imaginação dos sons...
Da ebulição dos sentidos...
Gosto da estranheza que me trazem os estranhos...
Aquela sensação de fazer algo errado...
De que nada pode ser limitado...
De que encontro compreensão para meus pensamentos insanos...
Pois o tempo todo me sinto deslocada...
Os olhares alheios me queimam a pele...
Me ferem a alma...
Sempre reprovas...
Sempre falta de aceitação do que sou...
Por isso gosto dos rostos que não conheço...
Gosto de seus gostos bizarros...
De suas estranhezas tão naturalmente por mim reconhecidas...
De suas palavras por mim profundamente sentidas...
Assim me acomodo...
Sem precisar decifrar o que são mentiras ou verdades...
Se amizades ou falsidades...
Nada de grandes expectativas...
Sem decepções ou frustrações...
No desconhecimento estamos protegidos...
Aliados do desconhecido...
Maravilhas do novo tempo...
A tecnologia que nos traz o prestígio e o prazer da fala...
Descomprometida...
Apenas palavras...
Soltas na tela e no tempo...
Patricia Piasssa
De: Poesias da Pah
Não sei dos gostos...
Dos gestos...
Dos passos e dos tropeços...
Adoro esta liberdade de falar sacanagem...
Contar coisas sérias...
Pecados íntimos...
Coisas de instinto...
Adoro imaginar suas caras e bocas...
Sobrancelhas arcando...
Pele enrugando...
Sorrisos alargando...
Adoro esta coisa desmedida e descabida...
Adoro aquele que não tem medo de se chegar á isto...
Pois sou estranha, confusa e nefasta...
Medonha e cínica...
Gosto de perguntar e receber respostas...
Gostos que elas sejam bem pensadas e bem escritas...
Gosto dessa liberdade controlada pela distância...
Gosto do gosto das palavras...
Da imaginação dos sons...
Da ebulição dos sentidos...
Gosto da estranheza que me trazem os estranhos...
Aquela sensação de fazer algo errado...
De que nada pode ser limitado...
De que encontro compreensão para meus pensamentos insanos...
Pois o tempo todo me sinto deslocada...
Os olhares alheios me queimam a pele...
Me ferem a alma...
Sempre reprovas...
Sempre falta de aceitação do que sou...
Por isso gosto dos rostos que não conheço...
Gosto de seus gostos bizarros...
De suas estranhezas tão naturalmente por mim reconhecidas...
De suas palavras por mim profundamente sentidas...
Assim me acomodo...
Sem precisar decifrar o que são mentiras ou verdades...
Se amizades ou falsidades...
Nada de grandes expectativas...
Sem decepções ou frustrações...
No desconhecimento estamos protegidos...
Aliados do desconhecido...
Maravilhas do novo tempo...
A tecnologia que nos traz o prestígio e o prazer da fala...
Descomprometida...
Apenas palavras...
Soltas na tela e no tempo...
Patricia Piasssa
De: Poesias da Pah
Conto de três...
Remexendo em um velho baú
Os olhos da menina brilhavam
Tinha certeza do que ali encontraria
Logo uma clara decepção
Olhava atentamente para o que o baú continha
Cores cinzas mescladas,
Os olhos da menina brilhavam
Tinha certeza do que ali encontraria
Logo uma clara decepção
Olhava atentamente para o que o baú continha
Cores cinzas mescladas,
essas cores tinham temperaturas distintas
Algumas estavam mornas e outras frias
Nenhuma cor estava quente
Nenhum dos tons de cinza
Se pareciam com o arco iris
Incrédula vasculhava com as mãos trêmulas
Ali não havia nada do que lá deixara,
Algumas estavam mornas e outras frias
Nenhuma cor estava quente
Nenhum dos tons de cinza
Se pareciam com o arco iris
Incrédula vasculhava com as mãos trêmulas
Ali não havia nada do que lá deixara,
nos tempos de outrora
Perguntando-se onde foram parar suas fantasias,
Perguntando-se onde foram parar suas fantasias,
sonhos e sentimentalidades ,
resolvendo evocar a mulher
A mulher saberá dizer onde estão suas preciosidades
E logo chega a mulher envaidecida e exultante,
A mulher saberá dizer onde estão suas preciosidades
E logo chega a mulher envaidecida e exultante,
por poder se reencontrar com a menina
Indagada sobre o mistério do velho baú,
Indagada sobre o mistério do velho baú,
a mulher resolve investigar,
para assim aclarar toda a situação que afligia a pobre menina
Decidida coloca as mãos dentro do baú
Os cinzas intensificaram-se se tornando-se ferventes ou gélidos
E novamente nada de morno ou quente,
Decidida coloca as mãos dentro do baú
Os cinzas intensificaram-se se tornando-se ferventes ou gélidos
E novamente nada de morno ou quente,
nada no cinza era de meio termo
Onde estavam as coisas que a mulher ali também deixara
Suas metas, ambições e projetos para o futuro
Os tons de azul, roxo e vermelho, que lá colocara
Com extrema convicção resolve que deve evocar a anciã
Esta chega cansada, entristecida e um tanto amarga
Indagada sobre o mistério do baú
Sorri satisfeita por poder ser útil para a menina e para a mulher
Coloca as mãos da menina e da mulher dentro do baú
A cor é cinza a temperatura é morna e tudo é meio termo
E diz tudo se transforma e se aprende o quanto é inútil ter fantasias, sonhos,
Onde estavam as coisas que a mulher ali também deixara
Suas metas, ambições e projetos para o futuro
Os tons de azul, roxo e vermelho, que lá colocara
Com extrema convicção resolve que deve evocar a anciã
Esta chega cansada, entristecida e um tanto amarga
Indagada sobre o mistério do baú
Sorri satisfeita por poder ser útil para a menina e para a mulher
Coloca as mãos da menina e da mulher dentro do baú
A cor é cinza a temperatura é morna e tudo é meio termo
E diz tudo se transforma e se aprende o quanto é inútil ter fantasias, sonhos,
sentimentalidades,metas ambições e projetos para o futuro, pois quase nada se concretiza
A menina chora entristecida, pois tudo o que de fato lhe é precioso será transformado no cinza,
A menina chora entristecida, pois tudo o que de fato lhe é precioso será transformado no cinza,
no morno e no meio termo
A mulher se compadece do sofrimento da menina
E dali se retira indignada carregando consigo o baú e a menina
Do pensar e amargurar desta anciã
Resolve não querer nada...
E que em sua morna vida sem cores
Lhe abandonaria
E novamente menina e mulher vasculharão o baú
A mulher se compadece do sofrimento da menina
E dali se retira indignada carregando consigo o baú e a menina
Do pensar e amargurar desta anciã
Resolve não querer nada...
E que em sua morna vida sem cores
Lhe abandonaria
E novamente menina e mulher vasculharão o baú
e o reencontro suas preciosidades em cores,
temperaturas, projetos para o futuro e sentimentalidades,
Minhas cores...
Fechei os olhos
Deparei com curvas
Curvas de um desenho ilógico
Algo de abstrato
Apertei os olhos para mante-los o mais fechados possível
Para manter as curvas do desenho em meu campo de visão
Cores dançavam e se misturavam formando outras cores
Aspirei fundo
As cores exalaram perfumes
Alguns já bem conhecidos do meu olfato
Outros novidades exóticas
As curvas agora estavam sublinhadas de um liquido incolor
Provei o sabor do liquido
Meu paladar reconheceu de imediato
Abri os olhos
Deparei com as curvas desenhadas por meus dedos
Voltei do orgasmo.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Deparei com curvas
Curvas de um desenho ilógico
Algo de abstrato
Apertei os olhos para mante-los o mais fechados possível
Para manter as curvas do desenho em meu campo de visão
Cores dançavam e se misturavam formando outras cores
Aspirei fundo
As cores exalaram perfumes
Alguns já bem conhecidos do meu olfato
Outros novidades exóticas
As curvas agora estavam sublinhadas de um liquido incolor
Provei o sabor do liquido
Meu paladar reconheceu de imediato
Abri os olhos
Deparei com as curvas desenhadas por meus dedos
Voltei do orgasmo.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Desculpe...
Penso rápido...
Corro muito...
Escuta é o som das minhas passadas...
Passadas de alguém que não consegue ficar no mesmo lugar...
Que dorme na inquietude de sonhos barulhentos...
Estou atrás de coisas que perdi...
Coisas que ainda não foram minhas...
Coisas que quero experimentar...
Não posso esperar seus passos lentos...
Aqueles de quem já se acomodou com a vida...
De quem só faz esperar...
Desculpe...
Sou inquieta...
Me mexo quando durmo...
Sempre fazendo barulho...
Assusto quando fecho os olhos...
Pois me sinto perdida e vazia...
Não gosto do vazio e quietude do escuro...
Tenho medo de ficar quieta e desaparecer...
Sou inquietante demais para sua tranquilidade...
Desculpe...
Sou multifaces e multifuncional...
Sou mãe...
Sou mulher...
Sou amiga...
Sou companheira...
Sou fêmea...
Sou apaixonada...
Sou amante...
Não cabemos nesse único que quer ser...
Esta coisa única que consegue transparecer...
Desculpe...
Estou vestida para a festa...
Pronta para toda a embriaguez e languidez...
Pronta para tudo que possa acontecer...
Não posso esperar que se troque...
Tuas roupas...
Teus hábitos...
Menos ainda que se toque...
Que a vida se faz do agora...
Estou pronta...
Também incubei por um tempo...
Minhas dores e amarguras...
Também me senti estática...
Corpo no frio concreto...
De uma vida de absoluto vazio...
Ou seria uma vida de luto...
Agora estou renovada...
Fui refeita na dor e decepção...
Ainda assim me aventuro...
Ainda assim vou me jogar...
Nas coisas simples e boas da vida...
Desculpe...
Vou muito além dos sofrimentos e lamentações...
Quero plenitude de tudo que me fizer bem...
Escuta este é meu riso...
Riso de quem não está preocupada com nada...
Nada que não se movimenta...
Nada que de mim não se achega...
Nada que a felicidade não me traga...
O que escuto daqui é o som do teu medo...
Aquele pouco se mostrar...
E sempre recuar...
Desculpe...
Não espero nada...
De quem não se entrega...
Desculpe não nego nada...
Para quem me quer...
E não faço esperar...
Vivo o desejo e a urgência...
Meu nome não é decadência...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Velha amiga...
Caso a velhice me chegue...
Espero que ela seja educada...
E estrague apenas o meu corpo...
Que mantenha minha alma intacta...
Pois minha alma é trejeitada...
De uma menina...
Muito moleca...
Que gosta das brincadeiras de meninos...
E com os meninos se diverte...
Que a velhice não invada arrogante
Minha mente, mundo meu...
Que ela seja gentil e delicada...
que ela pise em meu mundo...
Sabendo que ele é constituído...
Da existência do intangível...
Que ela respeite minhas limitações...
Que compreenda que os saberes...
Das coisas sérias e práticas...
Estão lá...
Apenas quase não são utilizados...
Que ela venha suave e gentil...
E não jogue minha fêmea...
Na decadência...
Com falsidades morais...
Preconceitos desentendidos...
E os temores dos despudores...
Que a velhice chegue...
Sabendo-se...
Efeito cronológico...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Espero que ela seja educada...
E estrague apenas o meu corpo...
Que mantenha minha alma intacta...
Pois minha alma é trejeitada...
De uma menina...
Muito moleca...
Que gosta das brincadeiras de meninos...
E com os meninos se diverte...
Que a velhice não invada arrogante
Minha mente, mundo meu...
Que ela seja gentil e delicada...
que ela pise em meu mundo...
Sabendo que ele é constituído...
Da existência do intangível...
Que ela respeite minhas limitações...
Que compreenda que os saberes...
Das coisas sérias e práticas...
Estão lá...
Apenas quase não são utilizados...
Que ela venha suave e gentil...
E não jogue minha fêmea...
Na decadência...
Com falsidades morais...
Preconceitos desentendidos...
E os temores dos despudores...
Que a velhice chegue...
Sabendo-se...
Efeito cronológico...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
A Madre.
Maldita semente
que vinga no útero
da inimizade.
Que resiste ao aborto
e cai nas desgraças
de sua progenitora.
Não tendo espelho
de bom reflexo
deformada imagem
se torna.
Amaldiçoada em palavras
tendo da áurea infância
sido negada.
Infeliz e dura
ungida de ignorância
criada na insignificância.
E culpas tens pois
ao não renegar
as origens de seu
sangue.
Apenas o deseja
derramar em seu
leito sepulcral.
E como a coragem
não fora lhe um
privilégio.
Continua a caminhada
de seus maus agouros
e sortilégios.
Que covarde em uma
uma vida de
quase semi morte
permanece.
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
sábado, 1 de março de 2014
Digo-lhe...
Sinto tanto tua falta
falta do teu sorriso garboso.
Dos gestos indelicados
da imprecisão de teus
atos e pensares.
Sinto falta do teu hálito quente
acompanhado de palavras enfurecidas.
Sinto falta de nossos constantes
desentenderes.
Para o entendimento juntos
encontrarmos.
Coisas de amores e dissabores.
Dói-me a falta de algo que
fazia-me acelerar a pulsação.
Sinto-me como uma artéria
retesada pelo sangue
que ali não circula.
Sinto falta dos bons momentos.
As amenidades discutidas com
um café adocicando os lábios.
Teus olhares de desejo ao ver-me
as voltas com o preparo dos alimentos.
Teu admirar meu cuidado
com as coisas e a casa.
O teu jeito de preocupar-se
colocando os objetos seguros.
Para que não caíssem ao chão
e perturbassem meu sono.
Teu aceitar dormir no claro
aquele respeitar
o meu temor do escuro.
Tua pulsação acelerada
acendendo minhas volúpias.
Teus gestos de carinho e conforto
tirando-me do estado deprimido.
arrancando-me as angústias
com o abrir de teus sorrisos.
De forma abrupta e insana
entraste em minha vida.
E dela consegui arrancá-lo
com maior agilidade ainda.
Lembra.
Pedi-lhe
que não se deixasse levar
por minhas incoerências.
Inconsistências
de quem não sabe amar.
Disse-lhe que elas nasciam do medo
do medo de amar para apenas perder.
Pena não conseguiu entender
o quanto sou constituída
de sentimentos e loucuras.
Meu mundo é intangível
tua solidez não lhe permitiu ficar.
E nesta hora nada
além de sentir tua falta.
Tudo cinza e vazio
sem teu colorido.
Nada de vôos ou
visitas ao paraíso.
Pois meu anjo
do meu céu
está decaído...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
falta do teu sorriso garboso.
Dos gestos indelicados
da imprecisão de teus
atos e pensares.
Sinto falta do teu hálito quente
acompanhado de palavras enfurecidas.
Sinto falta de nossos constantes
desentenderes.
Para o entendimento juntos
encontrarmos.
Coisas de amores e dissabores.
Dói-me a falta de algo que
fazia-me acelerar a pulsação.
Sinto-me como uma artéria
retesada pelo sangue
que ali não circula.
Sinto falta dos bons momentos.
As amenidades discutidas com
um café adocicando os lábios.
Teus olhares de desejo ao ver-me
as voltas com o preparo dos alimentos.
Teu admirar meu cuidado
com as coisas e a casa.
O teu jeito de preocupar-se
colocando os objetos seguros.
Para que não caíssem ao chão
e perturbassem meu sono.
Teu aceitar dormir no claro
aquele respeitar
o meu temor do escuro.
Tua pulsação acelerada
acendendo minhas volúpias.
Teus gestos de carinho e conforto
tirando-me do estado deprimido.
arrancando-me as angústias
com o abrir de teus sorrisos.
De forma abrupta e insana
entraste em minha vida.
E dela consegui arrancá-lo
com maior agilidade ainda.
Lembra.
Pedi-lhe
que não se deixasse levar
por minhas incoerências.
Inconsistências
de quem não sabe amar.
Disse-lhe que elas nasciam do medo
do medo de amar para apenas perder.
Pena não conseguiu entender
o quanto sou constituída
de sentimentos e loucuras.
Meu mundo é intangível
tua solidez não lhe permitiu ficar.
E nesta hora nada
além de sentir tua falta.
Tudo cinza e vazio
sem teu colorido.
Nada de vôos ou
visitas ao paraíso.
Pois meu anjo
do meu céu
está decaído...
Patricia Piassa
De: Poesias da Pah
Assinar:
Postagens (Atom)